Exclusivo No processo de integração europeia, a Ucrânia deve abandonar gradualmente o carvão e depois o gás. As fontes renováveis devem se tornar a base para a produção de eletricidade, sendo também aconselhável manter a geração nuclear.
A presidente do centro analítico Dixi Group, Elena Pavlenko, afirmou isso em entrevista ao Ukrinform.
“Já que planejamos ser um membro da UE, a base da nossa geração deve ser fontes de energia renováveis; teremos que abrir mão do carvão e, mais tarde, do gás. Já que cada estado membro da UE decide por si mesmo se planeja desenvolver geração nuclear, para a Ucrânia, com seu conhecimento e experiência, faz sentido também preservar esse tipo de geração.”
Segundo o especialista, a Ucrânia precisa de um sistema de geração descentralizado para aumentar a sustentabilidade e reduzir a vulnerabilidade a ataques sistêmicos. Ao mesmo tempo, deve estar equipado com as soluções mais modernas para uma gestão eficaz.
Pavlenko enfatizou que para fortalecer a segurança energética é necessário atrair investimentos, cujas condições mínimas necessárias podem ser a cobertura de riscos militares e a ausência de dívidas no mercado de equilíbrio. Além disso, é necessário liberalizar o mercado de energia, que ainda tem restrições de preços.
“Portanto, em algum momento teremos que retornar aos preços e tarifas de mercado no setor de energia para começar a restaurar a geração e a infraestrutura. Não agora, não durante a guerra, mas no futuro – teremos que fazer isso. Mas antes disso, o governo deve apresentar um plano claro sobre como se preparar para isso: dentro de dois, cinco, sete anos”, observou o especialista.
Ela enfatizou que é necessário dar a todos os consumidores a oportunidade de se prepararem para essas mudanças – por meio de programas de subsídios, empréstimos quentes e outras formas de assistência.
Conforme relatado, em 2024, 800 a 850 megawatts de capacidade solar foram instalados na Ucrânia.