Foi um final estranho para os testes da Aston Martin F1, com Lance Stroll se sentindo mal ontem, então Fernando Alonso assumiu o comando do AMR25 na sessão da manhã. Após o intervalo, o canadense finalmente voltou a trabalhar na pista, mas não durou até o final do dia e foi novamente substituído pelo bicampeão mundial.
O motivo da doença de Stroll é bastante óbvio: como escreve o jornal espanhol AS, metade do paddock apresenta sintomas de resfriado. Mas os problemas da Aston Martin não param por aí, já que seus pilotos conseguiram completar o menor número de voltas durante os testes.
É difícil avaliar a capacidade de velocidade do novo carro da equipe de Silverstone, mas, a julgar pelas gravações feitas pelas câmeras de bordo, os pilotos tiveram que lutar contra a subviragem e trabalhar constantemente o volante para corrigir o comportamento do AMR25 na pista.
Alonso terminou o dia em 16º lugar, 2,5 segundos mais lento que George Russell, o piloto da Mercedes que liderou a tabela de tempos na sexta-feira.
“Os testes de inverno foram muito curtos para mim”, enfatizou Fernando, em declarações à imprensa espanhola. – No primeiro dia fiz 29 voltas, no segundo – 27, porque estava chovendo, e só o programa de sexta-feira (49 voltas) pode ser chamado de normal, mas isso não é suficiente.
Somente na Fórmula 1, antes do início do Campeonato Mundial, são destinados apenas um dia e meio para treinamento. Não há nada parecido em nenhum outro esporte. É claro que estamos felizes que a F1 tenha se tornado tão popular, mas por algum motivo esquecemos que antes do início da temporada é necessário pelo menos uma preparação mínima.
Concordo, todos estão em pé de igualdade, e o carro não é exatamente novo, mas não tivemos tempo de fazer muitos testes, exceto algumas configurações. E se eu não precisar de tantas voltas, mas os iniciantes estiverem em uma posição diferente.
Vemos que nosso carro tem alguns pontos fortes, a correlação de dados também parece ser boa e a equipe deu um passo à frente em relação ao ano passado. Mas também há aspectos negativos que precisam ser corrigidos pela Austrália ou pelo menos durante a temporada. A rivalidade no meio do grid promete ser muito acirrada e tudo precisará ser perfeito para somar pontos no final do Grande Prêmio.
Não farei previsões, pois não acompanhei o que outras equipes fizeram e só sei que Carlos Sainz fez o melhor tempo – mas só sei disso porque leio a imprensa espanhola. Mas, no geral, acho que nas quatro primeiras corridas da temporada o equilíbrio de poder será praticamente o mesmo que foi em dezembro em Abu Dhabi.”
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