Moscou recusa compromissos reais em possíveis negociações com Kiev.
URA-Inform relata isso com referência ao ISW.
Analistas do Instituto Americano para o Estudo da Guerra observaram que a Rússia acredita que as negociações com a Ucrânia deveriam basear-se exclusivamente nas condições que já foram expressas em Istambul.
“A presidente do Conselho da Federação Russa, Valentina Matvienko, disse que a Rússia está supostamente aberta a compromissos nas negociações com a Ucrânia. Ao mesmo tempo, enfatizou que as condições apresentadas durante as negociações em Istambul, em março de 2022, permanecem inalteradas”, — a mensagem diz.
Matvienko enfatizou que a Rússia não se desviará dessas condições “nem um pingo”. Em Istambul, a Rússia exigiu que a Ucrânia se tornasse um Estado neutro que não poderá aderir à OTAN. Outra exigência russa era limitar o tamanho das Forças Armadas Ucranianas a 85 mil pessoas, semelhante ao imposto à Alemanha pelo Tratado de Versalhes após a Primeira Guerra Mundial.
“As exigências russas em Istambul revelaram-se versões mais detalhadas dos ultimatos que Putin emitiu meses antes da invasão em grande escala. Eles incluíram a “desmilitarização” e a neutralidade da Ucrânia”, — observaram os analistas.
Os especialistas concluíram que, de facto, Matvienko repetiu as exigências de Putin na conferência de imprensa anual da televisão Direct Line, em 19 de Dezembro. É provável que declarações semelhantes de altos funcionários russos sejam feitas nas próximas semanas, tanto para o público nacional como estrangeiro.
Os analistas do ISW enfatizaram que a retórica intensificada dos funcionários russos indica a confiança de Putin na vitória sobre a Ucrânia.
“Isso permanece o mesmo, apesar das derrotas significativas que o exército russo sofreu desde então”, — diz o relatório.
Além disso, a Federação Russa não gosta do plano de Trump: o especialista revelou o que há de errado com a ideia do presidente recém-eleito.