O ex-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Volodymyr Ohryzko, explicou o que Kiev deve transmitir à nova administração dos EUA sobre a questão da adesão à OTAN.
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O ex-chefe do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia em entrevista à publicação OBOZ.UA chamou a atenção para o fato de que mesmo que nosso país receba um convite para a OTAN, o próprio processo de integração na Aliança do Atlântico Norte pode arrastar-se por muito tempo devido à posição de alguns estados-membros da organização, relata a NBN.
Segundo ele, a liderança da Alemanha, Hungria e Eslováquia teme o início de Terceira Guerra Mundial devido à adesão da Ucrânia ao bloco, mas esse problema é artificial, porque a Federação Russa não estava muito preocupada com a expansão da Aliança pela adesão da Suécia e da Finlândia.
O diplomata explicou que o desejo do Kremlin de fazer da Ucrânia um estado neutro é explicado pelo seu desejo de ocupá-la completamente, e isso será mais fácil de fazer se o país for privado de proteção e enfraquecido tanto quanto possível.
Considerando isso, como observa Ohryzko, Kiev deve transmitir ao governo Donald Trump, em todos os níveis, que não há ameaça do início da Terceira Guerra Mundial e que a Ucrânia deve ter segurança da Federação Russa, que ameaça não apenas ela. O ex-ministro acrescentou que meias medidas apenas levariam o ditador do Kremlin a continuar sua agressão.
Lembre-se de que, na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia respondeu às palavras de Trump sobre a “preocupação” de Putin com a adesão do nosso país à OTAN.